Solidariedade aos companheiros do IF Catarinense – campus Abelardo Luz
O golpe em curso no Brasil tem mostrado uma de suas garras na devastadora retirada de direitos contra a classe trabalhadora, mas desde o primeiro momento tem estado claro que o grande capital se utiliza não só do Congresso Nacional, como de várias outras instituições, para acelerar o ritmo da precarização da vida dos trabalhadores e para perseguir os lutadores.
No dia de hoje, num ataque frontal ao MST em Santa Catarina, a educação e ao serviço público, a Polícia Federal fez cumprir medida cautelar, a pedido do Ministério Público Federal, no campus de Abelardo Luz do Instituto Federal Catarinense.
Essa medida acarretou no afastamento das funções públicas dos companheiros Ricardo Velho e Maicon Fontaine, além da apreensão de celulares e computadores, e da quebra do sigilo de informação destes e da reitora do IFC Sonia Regina.
O campus avançado de Abelardo Luz, do IFC, tem sua história vinculada a uma articulação com os movimentos sociais do campo. O campus fica situado em área de concentração de assentamento da reforma agrária, e surgiu inclusive por uma demanda dos trabalhadores rurais desta região, com a perspectiva direcionada ao arranjo produtivo local de agricultura familiar. O agronegócio tem disputado posição no campus, pretendendo que o IFC se volte à formação de mão de obra para o agronegócio, inclusive para a indústria da carne, que bate recordes de adoecimento dos seus trabalhadores.
As acusações do MPF, feitas cumprir pela Polícia Federal neste dia 16/08 acusam o campus Abelardo Luz de ser controlado pelo MST, e chegam ao limite de afirmar que um curso de graduação em uma instituição pública, para qual se presta prova para cursar e concurso para trabalhar, teria sido criado para uso do MST.
Em mais uma cartada, vemos as medidas golpistas em ação: já existiam investidas da oligarquia e dos representantes do agronegócio da região para retirar o Instituto da sua atual localização e levar para as margens da agroindústria; e, certamente, vemos mais uma vez uma escola sendo patrulhada com justificativas que lembram em muito o infame projeto “Escola Sem Partido”.
O Polo Comunista Luiz Carlos Prestes, a Juventude Comunista Avançando e o Movimento Avançando Sindical repudiam a ação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, de perseguição e criminalização dos movimentos sociais. Todo o apoio aos companheiros e a todos os lutadores!
Polo Comunista Luiz Carlos Preste – PCLCP
Juventude Comunista Avançando – JCA
Movimento Avançando Sindical – MAS