Pegar as coisas pela raiz e atacar os verdadeiros inimigo do nosso povo na USP!

Pegar as coisas pela raiz e atacar os verdadeiros inimigo do nosso povo na USP!

A luta por permanência e mais direitos precisa desvelar a luta de classes na USP e livrar a universidade da nova política de inovação.

Publicamos abaixo o documento resolutivo do Núcleo Carlos Marighella, núcleo da Juventude Comunista Avançando em São Paulo.

O documento contém um balanço autocrítico de nossa atuação no último ano, assim como uma análise e orientação de prioridade prática e programática para nossa militância no próximo período dentro da USP.

O desafio que está colocado para o movimento estudantil é conseguir garantir que todas as lutas pela permanência dos estudantes da universidade não acabem em si mesmas, mas tenham um horizonte mais amplo que possa trazer vitórias substantivas. As políticas de permanência da USP são completamente insuficientes, e além de não garantir condições para que os estudantes que precisam trabalhar tenham uma vida política ativa e possam disputar o sentido da universidade, são insuficientes para que a gente permaneça dentro desse espaço mesmo que de forma precária. Reverter esse cenário passa pela necessidade de reivindicar e propor um outro projeto de universidade, que permita a construção de uma universidade criativa e criadora, não reprodutora das demandas e mazelas do capital. É isto que está em jogo e disputa nas lutas do movimento estudantil. Imediatamente lutamos por condições de permanecer na universidade, mas com isso lutamos também para decidir que universidade queremos, e que sociedade essa universidade contribuirá para construir

(…)

O número crescente de políticas voltadas à inovação na Universidade, com orçamentos milionários e vinculados a grandes conglomerados empresariais, ao mesmo tempo em que a recomposição dos salários dos servidores docentes e técnicos é atravancada; que seus vínculos empregatícios são precarizados; que o HU é desmontado de modo sistemático; que cruspianos são perseguidos; é exemplo disso. 

O orçamento recorde da USP, que contrasta com o sufocamento orçamentário mais direto das federais, nem por isso resolve as contradições criadas por ela mesma, apesar de ter as condições técnicas e financeiras para isso. A prioridade que os monopólios, o latifúndio e o imperialismo têm hoje para a universidade brasileira, enquanto instituição-chave da sociedade, passa por produzir quadros técnicos e tecnologias que mantenham o país na divisão internacional do trabalho como país primário-exportador, atuem pela reprimarização da nossa economia e aprofundem formas de expropriação das nossas riquezas que já foram secundárias. É um projeto de reforço à dependência interna à fração mais imperialista e agressiva do bloco de poder. Fração que tem como único compromisso lucros espetaculares, custe o que custar e a quem custar.

Leia o documento completo aqui

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