Nota de apoio à Candidatura de Guilherme Mazer (PT) e Aliel Machado (PV)

Nota de apoio à Candidatura de Guilherme Mazer (PT) e Aliel Machado (PV)

JCA e PCLCP/PR

A luta contra o fascismo é fundamental para a classe trabalhadora!

Com a derrota parcial do bolsonarismo nas eleições de 2022 em âmbito federal, ganhamos fôlego para seguir minando os gérmens do fascismo se alastram nos municípios e estados federativos. Afinal, o espectro fascista está na ordem do dia para os projetos políticos à extrema-direita, em que se incluem os representantes do grande mercado e das Forças Armadas.

Mesmo que tenhamos divergências quanto aos caminhos que devem ser trilhados pela classe trabalhadora rumo à emancipação humana, temos ciência da urgência de unificar nossos programas para formar um bloco histórico contra-hegemônico que arraste as elites agrárias, urbanas e militares do poder!

Para as eleições municipais de Ponta Grossa temos confiança que podemos construir condições objetivas e subjetivas para superar a barbárie. Afinal, ao lutar contra o fascismo em âmbito local, enfrentamos as bases sociais que propiciam o avanço da barbárie no Brasil, encharcadas de paternalismo, coronelismo, racismo, patriarcalismo e nepotismo; e tudo que vimos os carniceiros da direita reproduzir para tentar vencer Lula em 2022:

É preciso esmagar o fascismo com todas as nossas ferramentas de luta! 

Em Ponta Grossa, temos candidaturas que, se eleitas, poderão contribuir à melhora das condições de vida dos trabalhadores em nossa cidade; candidaturas estas abertas ao diálogo e dispostas à elaboração de um programa mínimo que contemple a celeridade pela unificação popular na elaboração de um projeto feito pelo e para o povo! 

Já a direita local, vem fragmentada entre suas frações e sobrenomes para a disputa do executivo municipal, com projetos muito similares aos que sofremos “na pele” nos últimos anos.

Marcelo Rangel (PSD) – filhote de Ratinho Jr. – e Elizabeth Schmidt (União Brasil), ambos candidatos a reeleição, tentam aglutinar os grupos políticos mais sórdidos e fascistizados de nossa cidade ao redor de seus programas. 

De modo geral, esses dois candidatos apelam às privatizações dos serviços essenciais, ao favorecimento das elites agrárias, das grandes indústrias e à militarização da segurança pública como panaceia para resolver os problemas de Ponta Grossa. Já temos clareza que esses projetos dão muito certo… somente para os mais ricos. Tanto Rangel, quanto Elizabeth persistem em um programa que tornou nossa cidade uma das mais violentas do Paraná (pela ausência de um projeto que proteja a vida); que destruiu a saúde pública através da precarização das UPA’s, reformas intermináveis às UBS’s e falta de investimento; projeto este que também relegou os(as/es) pontagrossenses à miséria, sem soluções efetivas para atender pessoas em situação de rua e/ou condições de vulnerabilidade; que anos a fio nos deixou reféns do monopólio da iniciativa privada no transporte público, na mobilidade urbana, no direito à moradia… medidas que, em geral, que deterioram nossas condições de vida todos os dias!

Outra candidata ligada à direita política é Mabel Canto (PSDB), que tenta se eleger pela primeira vez com o sobrenome de seu pai e ex-prefeito (1996-2000), Jocelito Canto (também PSDB). A atual deputada estadual e sua família são aliadas históricas das oligarquias regionais; e sua candidatura conta com o apoio de frações do empresariado e figuras como Ricardo Barros (ex-secretário da Indústria e do Comércio), Beto Richa e Cida Borghetti (estes últimos, ex-governadores do Paraná). 

Nas propostas de Canto, identificamos que há uma preocupação com a saúde, educação, segurança; mas de forma bastante genérica (com investimentos pontuais, sem tratar da raiz dos problemas mais graves da cidade). Buscando se colocar como uma candidata “nem de esquerda, nem de direita”, essa suposta “ausência” de projeto societário marca toda sua carreira política, o que torna sua carreira bastante escorregadia; ora, a candidata faz declarações que sinalizam positivamente as privatizações (ditas “parcerias público-privadas” ou incentivos à filantropia na saúde e educação), ou então vota favorável as escolas cívico-militares; ora, suas posições demonstram coerência, como quando votou na ALEP pela contrariedade da privatização da Copel e das escolas públicas (Parceiros da Escola, atual Lei nº 22.006 4 de junho de 2024). 

Neste sentido, é importante observar não tão somente o indivíduo (visto que Canto é marcadamente oportunista); mas o grupo político que a acompanha. Ligada a setores tradicionais tanto da região dos Campos Gerais quanto do Paraná; Mabel Canto não traz em seu programa elementos substanciais que ataquem diretamente a raiz do fascismo; pelo contrário, sua candidatura se aproveita das contradições inerentes à luta de classes para promover o paternalismo ligados programaticamente ao privatismo.

Por fim, temos como candidato o Dr. Magno Zanellato (Novo); cuja candidatura faz parte do jogo político pseudodemocrático, sendo saudado por opositores como Rangel como uma figura que reforça a “diversidade” de projetos para Ponta Grossa. 

Todas essas candidaturas à prefeitura e suas respectivas no legislativo são, de modo geral, vinculadas aos paternalismos políticos, ao nepotismo, ao coronelismo e sobretudo à agenda liberal imperialista que se desdobra no nível local. Grande parte das propostas que pudemos ver desses candidatos até então, caminha no sentido de diminuir os direitos trabalhistas dos servidores, não confrontam a miséria, a fome e a carestia; contribuem para o aumento da crise climática patente, atacam os povos originários, os camponeses que lutam pela reforma agrária (MST) e os grupos que lutam por moradia e acesso à cidade (MPL).

Como alternativa a toda essa lama, nós da Juventude Comunista Avançando (JCA) e do Polo Comunista Luís Carlos Prestes (PCLCP), declaramos nosso apoio à candidatura da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) de Aliel Machado (PV) à prefeitura.

O candidato fez parte do movimento estudantil da cidade e atualmente, é deputado federal pelo PV. Com uma trajetória política no Paraná independente, ligado aos interesses populares, Aliel apresenta-se como o único candidato viável à esquerda pontagrossense. 

Apesar de sua pouca idade, Aliel já disputou a eleição para o executivo municipal em 2016, indo para o segundo turno com Marcelo Rangel e, infelizmente, derrotado. 

Em seu programa identificamos o comprometimento com a educação pública, com a saúde gratuita e de qualidade e o enfrentamento à extrema-direita. 

Outro ponto positivo em sua campanha é a denúncia à todas as lamúrias que nos assolam e que estão presentes nos programas de seus opositores. 

Nosso apoio à sua candidatura, certamente, não é carta-branca. Sabemos que existem pontos frágeis que podem –  e devem – ser melhor aprofundados junto a toda população local. Acreditamos (e lutaremos para tanto!) que, se eleito, Aliel deverá promover meios para elevação da consciência nos espaços políticos da cidade;  e se comprometer com uma agenda à esquerda, além de desenvolver artifícios para construir uma ampla base de apoio social para ter forças de concretizar seu programa e de fato enfrentar o tradicionalismo.

Por fim, temos certeza de que barrar o fascismo na prefeitura de Ponta Grossa passa por eleger Aliel Machado – assim como elegemos Lula para presidente. 

Temos clareza que o candidato fornece propostas interessadas em melhorar a condição de vida dos trabalhadores pontagrossenses, bem como ampliar o diálogo com os setores populares para construção de um mandato democrático.

Por fim, para a vereança declaramos apoio à candidatura de mesma federação, do companheiro Guilherme Mazer (PT). Mazer é um conhecido companheiro de lutas, e já apoiamos sua candidatura para deputado estadual em 2022. Hoje reiteramos nosso reconhecimento ao companheiro apoiando-o para vereança. 

Trata-se de uma candidatura de “reeleição” visto que Mazer fez parte do mandato coletivo de Josi Kieras na época no PSOL nesses últimos 4 anos, em que Josi foi a porta-voz na câmara. Sendo uma candidatura diferente da do mandato coletivo, Mazer é candidato único (mas ainda conta com a atuação coletiva do mandato) pelo PT.

As pautas mais urgentes da classe trabalhadora são os principais pontos da candidatura de Mazer, como a reforma agrária, o direito à cidade, a defesa dos serviços públicos, o fomento à cultura popular e o enfrentamento à corja fascista que impregna nosso legislativo desde seu princípio.

Acreditamos que ambas as candidaturas possibilitam a construção de uma frente antifascista como uma trincheira das nossas lutas. Almejar uma Ponta Grossa democrática e anti-capitalista perpassa que consigamos trabalhar unificados e mobilizados para enfrentar os carniceiros que persistem no poder. 

Agora é Mazer, uma candidatura que com certeza terá amplo espaço para o diálogo e construção de ações conjuntas, assim como foi o mandato coletivo nos últimos 4 anos. 

Agora é Mazer para enfrentar o fascismo no legislativo e Aliel para barrar o fascismo no executivo.

Guilherme Mazer 13.123 e já!

Aliel Machado 43!

Avançar! Rumo ao horizonte socialista!

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