Solidaridade com a Liga dos Camponeses Pobres
Por: militante da JCA
Numa tentativa de posicionar a opinião pública contra os movimentos antilatifundiários, o governo Bolsonaro, numa aliança com diversos aparelhos midiáticos burgueses, vem tentando criminalizar a luta pela terra e pelo socialismo no Brasil, na ocasião, representados pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP).
Surgida após o massacre de Corumbiara, em 1995, a LCP representa, em todo Brasil, a radicalização da luta pelo espaço agrário. Ao conceber o campesinato também em seu potencial revolucionário, a Liga é a criação de estruturas produtivas e políticas populares e sua defesa contra o Estado burguês, os latifundiários e o imperialismo, que não medem forças para derramar sangue em prol de seus interesses.
Acima de tudo, a Liga é a luta por um campo do povo, pelo povo, contra o latifúndio, e é papel fundamental do socialista no Brasil defender essas práticas – a crítica, imprescindível ao desenvolvimento da teoria revolucionária, não pode impedir que diferentes manifestações populares pelo socialismo se solidarizem entre si.
Nos últimos dias, uma série de acusações infundadas, tanto da mídia burguesa quanto do próprio presidente Jair Bolsonaro, em suas redes sociais, tentam ligar a LCP ao assassinato de dois PM’s próximo do acampamento Tiago dos Santos em Porto Velho, Rondônia.
Tal postura vem para justificar o envio de mais de 60 homens, com promessas de ataques e assassinato aos camponeses da ocupação, que comporta mais de 600 famílias numa terra grilada por Antônio Martins dos Santos, também conhecido como Galo Velho.
O cerco que se desenvolve é claro, e a postura tomada pelas entidades burguesas é a de mais um massacre ao povo.
A postura fundamental de todo defensor dos interesses populares é, no mínimo, denunciar essas práticas classistas e defender o campesinato brasileiro e a luta pela terra.
Viva a Liga dos Camponeses Pobres e a luta no campo!
Fora todas as forças policiais genocidas do Acampamento Tiago Santos!