Greve Geral no dia 14 de Junho – Um dia para derrotar Bolsonaro
O ato em celebração do 1º de maio de 2019, dia internacional do trabalhador e da trabalhadora, confirmou o compromisso entre todas as centrais sindicais do país em organizar para o dia 14 de junho uma Greve Geral, a primeira durante o governo neofascista de Bolsonaro.
O Polo Comunista Luiz Carlos Prestes que constrói a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, se soma ao esforço de dar um basta nas contra-reformas entreguistas, anti-povo e recolonizadoras do governo Bolsonaro. Com pouco tempo de governo, já se evidenciam os traços e contornos autoritários de natureza fascistizante que aprofunda o processo de destruição do Brasil inaugurado em 2016 com o golpe contra a presidente Dilma.
Desde então, a classe trabalhadora brasileira, extremamente numerosa, mas pouco organizada, conseguiu frear o avanço do capital financeiro sobre o maior fundo de riqueza à serviço da proteção e da vida do trabalhador: a previdência. A contra-reforma de Temer foi inviabilizada pela pressão das massas que mesmo em difícil situação, fragmentada sob forte influência ideológica da propaganda governamental e patronal, soube dizer um não rotundo ao projeto do capital.
No entanto, as vitórias parciais foram somadas a derrotas em outros terrenos, como no caso do congelamento do investimento em serviços públicos por 20 anos e a reforma trabalhista que foram aprovados. Mas maior derrota recente foi durante o pleito manipulado e tutelado pelos agentes do imperialismo (Moro, Dellagnol, Forças Armadas) e com a cumplicidade do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. Trata-se da eleição de Jair Bolsonaro que figura como uma radicalização do projeto neofascista e de recolonização do Brasil dirigido desde Washington pelo imperialismo estadunidense.
Seu projeto é a submissão completa da economia nacional, a entrega das riquezas naturais e sociais, a repressão ostensiva e a escalada de um Estado policial obscurantista para suprimir qualquer suspiro de democracia. Naturalmente, isso não acontece do dia para noite, mas é evidente que há uma escalada gradual em direção a esse cenário.
Impedir que o imperialismo atinja seu objeto em nosso país é a tarefa mais imediata. É uma questão de sobrevivência das grandes massas que já começam a sentir o peso da carestia, do desemprego, o crescimento da miséria e da pobreza extrema.
Só a classe trabalhadora combativa e organizada será capaz de barrar o projeto nefasto de Bolsonaro, títere do imperialismo. Para tal, as Centrais Sindicais, incluindo a Intersindical, convocam GREVE GERAL para o dia 14 de junho. É, portanto, nossa tarefa de iniciar o trabalho de base e de convencimento amplo do povo e dos trabalhadores brasileiros sobre a necessidade de mobilização nessa data. Só parando as atividades em protesto em todos os lugares, seja escolas, fábricas, universidades, nas lavouras, nos supermercados, no transporte, enfim, todas as esferas possíveis da vida social, é que poderemos contra-atacar a ofensiva do capital contra nossa existência digna.
Os sindicatos, partidos e organizações do povo e da classe trabalhadora precisam atuar diligentemente combatendo o sectarismo isolacionista, mas também o peleguismo servil em nosso meio. O primeiro obstáculo a ser vencido é a nossa própria desunião.
É preciso provocar uma paralização sistemática na produção e circulação de capital e de mercadorias em todo o território nacional. É preciso realizar todos os esforços possíveis para que o dia 14 de junho marque o início do fim para o projeto neofascista de Bolsonaro. E, inaugure, assim, um período de ascenso da luta democrática, formando um bloco de forças anti-monopolista, anti-latifundiário e antimperialista que abra caminho em direção ao socialismo em nosso país.