Bolsodória conseguiu aprovar o PL529 – seu pacote de maldades
No dia 13/10 o governador Bolsodória conseguiu aprovar o Projeto de Lei 529, um verdadeiro pacote de maldades (que já denunciávamos desde o começo aqui). Após diversas sessões curiosas, nas quais PSL, NOVO e outros partidos neoconservadores boicotaram a votação junto aos partidos de esquerda como PSOL, PT, PDT e PCdoB, os interesses de classe falaram mais alto e diversos deputados reacionários mudaram seus votos.
Com intensa mobilização e amplo rechaço da sociedade civil, o PL529 estava praticamente derrotado. Não havia unidade entre a direita, e a esquerda conseguia articular seus instrumentos de pressão popular e parlamentar para brecar o desmonte das universidades, Fundação Oncocentro, Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), Fundação para o Remédio Popular e um amplo espectro de empresas e autarquias públicas da área da saúde e da educação. No entanto, por iniciativa da deputada Janaína Paschoal (PSL) as discussões e votação ganharam um novo fôlego.
A deputada condicionou seu voto à exclusão de algumas empresas públicas e colocou os deputados para negociar os impostos, além de quais áreas e empresas deveriam ser privatizadas/extintas. Dessa forma, foram tirados da lista de extinção do PL a Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima” (Furp), a Fundação Oncocentro de São Paulo (Fosp), o Instituto de Medicina Social e de Criminologia (Imesc) e a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” (Itesp) e anteriormente as universidades já haviam sido deixadas de fora. Mas ainda serão extintos EMTU, CDHU e, com isso, mais de 5 mil servidores públicos serão demitidos. Assim a votação que antes era derrotada por falta de quórum, foi aprovada por 48 a 37.
Veja como votaram os deputados: